Alentejo
Agricultores reclamam depois de perderem entre 25% a 35% dos apoios comunitários
Depois de uma seca severa a atravessar o país, com maior incidência na região do Alentejo, os agricultores alentejanos deparam-se agora com uma nova realidade.
Uma perda de 35% nos valores a pagar aos profissionais ao abrigo dos Ecorregimes de Agricultura Biológica e de 25% na Produção Integrada. Uma espécie de presente envenenado que “caiu que nem uma boca” na casa de quem dedica a sua vida à principal atividade do setor primário.
A pensar nesta realidade, a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, FAABA, emitiu um comunicado onde critica a “incompetência” do Ministério da Agricultura. “As ajudas que vieram, tarde e a más horas, são insignificantes e ridículas”, refere Rui Garrido, Presidente da FAABA. Em declarações à TDS, o mesmo relatou um exemplo de um agricultor, com uma pequena exploração agrícola de 41 hectares e meio, que deixou de receber 7 mil e 80 euros devido aos cortes nos apoios comunitários. “É um disparate”, realçou.
Uma realidade que está a preocupar o setor da agricultura e que para estes profissionais a responsabilidade é da Ministra e do Ministério da Agricultura. “Está aí a consequência. Agora, sendo este um governo em gestão, parece que temos que centrar os nossos esforços na preparação das negociações com o próximo Ministério que aí vem”, conta-nos Miguel Madeira, agricultor.
Ainda de olhos no comunicado, “A FAABA não aceita a afronta de uma política de contínuo desmantelamento do setor agrícola e do empobrecimento das zonas rurais. Exige, por isso, a correção dos erros e explicações urgentes e cabais”.