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Incêndio de Odemira com frente norte apagada. Frente do Algarve terá ataque esta noite.

O plano municipal de emergência de proteção civil de Odemira está ativado desde as 14:30 horas do dia 6 de agosto

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Foto: TDS (direitos reservados)

Incêndio de Odemira

Frente norte apagada

A frente norte do incêndio de Odemira está apagada.

No último briefing realizado hoje às 19h30 a Proteção Civil ainda dava duas frentes ativas.

A frente norte acabou por ‘morrer’ na zona da Delfeira após ataque dos meios terrestres e aéreos.

Balanço às 19h30

  • Operacionais: 1025
  • Veículos: 286
  • Meios aéreos: 15 (2 helicópteros ligeiros, 1 helicóptero pesado – Kamov, 8 aviões anfíbios médios – Fireboss, 2 aviões anfíbios pesados – Canadair, 1 avião de reconhecimento e avaliação e 1 helicóptero de coordenação)
  • Outros meios especializados: 17 Máquinas de Rasto

Entre as diferentes entidades que concorrem para a resolução desta ocorrência excecional, destacam-se os Bombeiros com maior número de meios e recursos, a par da GNR (territorial e UEPS), ICNF, Sapadores Florestais, Afocelca, Forças Armadas, INEM, CVP, SMPC de Odemira, Aljezur e Monchique, SIRESP, E-Redes, Altice, e os meios próprios da ANEPC (estrutura operacional, de apoio técnico-operacional e a força especial de proteção civil).

O comando e controlo está a ser assegurado, desde as 12:00 horas de hoje, pela Equipa de Posto de Comando (EPCO) regional do Algarve para operações complexas.

Situação do incêndio às 19h30

Incêndio ativo com 2 frentes, com uma área de interesse que se aproxima dos 9.000 ha, caraterizada por extensas áreas de pinhal, eucaliptal adulto e jovem, sobreiros, medronheiros e matos e um edificado disperso e zonas de interface rural/urbano que exigiu uma dispersão de meios de combate para ações de proteção às populações e defesa de património.

Na frente norte, destacam-se os pontos mais críticos sem capacidade de combate a meios terrestres e difícil progressão, com um terreno desfavorável à operação de máquinas, nas localidades de Delfina, Maroucos e Taliscas, zonas a norte do incêndio, em processo de estabilização, mas ainda com potencial de expansão de perímetro.

Na frente sul, duas vertentes de maior preocupação, no concelho de Aljezur com linha crítica desde a Galé de Baixo até ao Barracão de Baixo. Na linha virada à serra de Monchique, próximo da localidade de Reguengo, existem múltiplos pontos críticos com acesso a áreas sensíveis com capacidade de rápida progressão, sem viabilidade de supressão ou acesso por meios terrestres. Esta zona de possível expansão para sul, não arde desde 2003.

Ao longo do dia registaram-se múltiplas reativações no perímetro, que assumiram uma dimensão que exigiu uma reposta musculada por parte do dispositivo no terreno.

Todos estes pontos críticos estão acompanhados de meios, no entanto não permitem a progressão e combate no terreno com meios terrestres, que limita a sua resolução.

Fruto do declive acentuado com vales encaixados, a par das constantes reativações, os arranques ficam rapidamente fora da capacidade de supressão, agravado pela inexistência de condições propicias à progressão com máquinas de rastos no processo de consolidação.

A estratégia para a próxima noite, logo que se verifique uma redução de temperatura, aumento de humidade relativa e desintensificação do vento, visa sustentar a estabilização do incêndio e reforçar o processo de consolidação do perímetro.

Assistência à população 

Foram assistidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) 36 pessoas, na maioria agentes de proteção civil, 8 das quais transportadas a unidade hospitalar (5 bombeiros e 3 populares).

Até ao momento foram deslocadas, pela GNR, com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e dos bombeiros 1.459 pessoas por precaução, das quais 148 acolhidas em zonas de concentração e apoio à população, estabelecidos pelos serviços municipais de proteção civil, em articulação com a segurança social e serviços de ação social dos municípios afetados.

Neste momento temos ainda em Zonas de Concentração e Apoio à População (ZCAP), 79 pessoas, de acordo com informação na tabela infra.

ZCAP OCUPAÇÃO LOCAL DE INSTALAÇÃO CIDADÃOS ESTRANGEIROS/NACIONALIDADE
São Teotónio 41 Escola EB 2,3 S Teotónio 33/Índia, Nepal, Bangladesh
Odemira 19 Escola EB 2,3 Odemira 19 /Bangladesh, Nepal, Índia
Monchique 2 Escola EB 2,3 Monchique 1/Suiça
Aljezur 2 Complexo Desportivo de Aljezur 2/Alemã
Lar São Teotónio 15  0

Preventivamente foram retirados de zonas ameaçadas 124 animais de diferentes espécies, acompanhados pelos serviços de veterinária das câmaras municipais.

VIAS CORTADAS/CONDICIONADAS

  • EM 501 – cortada
  • CM 1186 – cortada
  • Estrada do Passil/Marmelete – cortada
  • EM 1002 – cortada.

Meteorologia 

QUADRO METEO a partir das 19h00m:

  • Mudança da Direção do vento para ESTE;
  • Diminuição da Temperatura: 30° atingindo mínimas de 22° graus durante a noite.
  • Aumento da Humidade: 50% aumentando durante a noite e madrugada atingindo 97%

O Serviço Municipal de Proteção Civil de Odemira instalou um Posto de Informação, junto à entrada principal do Parque de Feiras e Exposições de São Teotónio, disponível para prestar informação à população, serviço também disponível através do número 964 697 306.

O plano municipal de emergência de proteção civil de Odemira está ativado desde as 14:30 horas do dia 6 de agosto, numa plena articulação com a ANEPC no quadro do sistema integrado de operações de proteção e socorro.

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