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Festival Terras sem Sombra encerra temporada em Sines

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Festival Terras sem Sombra encerra temporada em Sines, com a excelência da música polaca e o mar por horizonte

 Festival Terras sem Sombra apresenta em Sines, a 16 de Dezembro, “A Música é a Minha Pátria”, um
concerto por quatro intérpretes polacos de excepção.
 Visita guiada ao Património, a 16 de Dezembro, identifica marcas pombalinas em “Porto Covo: Um Exemplo
de Urbanismo das Luzes”.
 Acção de salvaguarda da Biodiversidade, a 17 de Dezembro, reconhece a Área Marinha Protegida de Porto
Covo como valor inestimável.
 Todas as actividades são de acesso gratuito.

No ocaso da sua 19.ª edição, subordinada ao tema “O que fica do que passa: Um breviário de resistência musical”, o Festival Terras sem Sombra (TSS) ruma na direcção do Alentejo costeiro para um último, e excepcional, fim-de semana de Música, Património e Biodiversidade, desta feita com o mar por horizonte.

Assim, o programa no concelho de Sines – com o apoio do município local, da Embaixada da Polónia e da Direção Regional de Cultura – propõe um concerto ímpar dedicado a importantes compositores polacos dos séculos XX e XXI, uma visita guiada a Porto Covo (ao encontro de marcas da urbanística pombalina) e uma derradeira actividade da temporada, que dirige o olhar para o Atlântico como fonte de vida e resguardo da biodiversidade.

Sob a égide da Polónia, o concerto de sábado à noite (16 de Dezembro, 21h30) oferece uma oportunidade única para escutar notáveis compositores e intérpretes oriundos daquele país eslavo.

Justamente intitulado “A Música é a Minha Pátria: Lutosławski, Penderecki, Górecki, Mołodyńska- Wheeler”, o programa que Jakub Jakowicz (Violino), Bartosz Koziak (Violoncelo), Grzegorz Mania (Piano) e Piotr Różański (Piano) apresentam no auditório do Centro de Artes de Sines é dedicado na íntegra a compositores polacos contemporâneos, menos escutados entre nós, mas amplamente consagrados pela crítica especializada e pelo público internacional. Formados pelas prestigiadas academias de Varsóvia e Cracóvia, os intérpretes têm sido distinguidos em várias competições de música pelo seu virtuosismo e
contam com múltiplas intervenções em reputados festivais e palcos europeus, com orquestras ou a solo.

A anteceder esta etapa musical, pelas 15h00 de sábado, em Porto Covo, tem lugar a habitual actividade de Património Cultural. Com ponto de encontro na igreja local, “Porto Covo: Um Exemplo de Urbanismo das Luzes” dá o mote à visita orientada por Ricardo Pereira, do Museu de Sines. Como afirma António Quaresma, "um dos casos conhecidos da repercussão do urbanismo pombalino fora de Lisboa é o da povoação de Porto Covo, situada no litoral alentejano, escassos quilómetros a sul da vila de Sines.

O seu plano de urbanização, inspirado no da baixa lisboeta, teve, porém, concretização limitada.” Ainda assim, a influência do modelo pombalino na localidade é especialmente visível na Praça, com a sua planta quadrada, o esquema repetitivo das fachadas ou a colocação da igreja. Também a regularidade geométrica dos limites do conjunto urbano e da malha reticulada dos arruamentos paralelos e perpendiculares remetem para o urbanismo das Luzes.

Na manhã de Domingo (17 de Dezembro, 9h30), em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, defronte ao Atlântico e à Ilha do Pessegueiro, encerra-se a temporada de 2023 do TSS.

Com encontro marcado para o Forte do Pessegueiro, a acção “Oceano Adentro: A Área Marinha Protegida de Porto Covo” convida os participantes a olhar o oceano e a compreender o valor inestimável da maior zona

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