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Tribunal de Évora começou esta Sexta-Feira a julgar 8 arguidos

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Tribunal de Évora começou esta Sexta-Feira a julgar 8 arguidos

Uma das acusadas de maus-tratos contra uma utente, de 83 anos, disse esta sexta-feira em tribunal que só teve conhecimento das feridas da senhora quando lhe deu alta. Também perante o coletivo de juizes, a arguida afirmou que tudo fizeram pela utente, da mesma forma, que apontou as responsabilidades da parte que diz respeito à saúde, ao médico e à enfermeira. Palavras de Letícia Agostinho, diretora técnica da Santa Casa da Misericórdia (SCM) de Alandroal.

A responsável é um dos 10 arguidos, oito atuais e antigos funcionários da SCM de Alandroal, a instituição e a respetiva provedora, que começaram a ser julgados por maus-tratos contra uma utente do lar que acabou por morrer.

Na primeira sessão, três dos arguidos recusaram, nesta fase do julgamento, prestar declarações em tribunal, tendo os restantes vontade de mostrar a versão dos acontecimentos.

O caso remonta a Dezembro de 2014, quando foram detectadas “múltiplas úlceras de pressão” no corpo de uma utente. O Ministério Público considera que as mazelas não foram tratadas pela instituição, tendo resultado numa infecção, e por consequência na morte da utente, 3 meses mais tarde, após a saída do lar do Alandroal.

Em relação ao caso da idosa, a diretora técnica sublinhou que não lhe deram conhecimento “nem verbal, nem por escrito” da existência de úlceras de pressão no corpo da utente e que no livro de ocorrências também não havia registo das feridas.

Esclareceu ainda que soube da existência das úlceras de pressão quando recebeu a informação da enfermeira para elaborar o relatório de alta, aquando da mudança da utente para um outro lar em Vendas Novas.

No final da primeira sessão, nem os arguidos, nem os advogados se mostraram disponíveis para prestar declarações aos jornalistas.

Além da diretora técnica, também são arguidos quatro ajudantes de lar, uma técnica de fisioterapia, um médico, uma enfermeira, a SCM de Alandroal e a provedora, todos acusados pelo Ministério Público de um crime de maus-tratos agravado pelo resultado.

Segundo a acusação, o caso remonta a dezembro de 2014, quando foram detetadas “múltiplas úlceras de pressão” no corpo da utente, de 83 anos, após ser transferida do lar da SCM de Alandroal para um outro em Vendas Novas.

Uma úlcera na zona da anca direita não cicatrizou e, quase dois meses depois da mudança, a utente foi transportada para o hospital de Évora, com vómitos, febre e prostração, acabando por morrer às 01:00 do dia seguinte, devido a uma infeção generalizada.

 

 

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