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Alentejano de Alter do Chão vence Prémio Camões

Júri destaca obra de João Barrento relevante e singular em que avultam o ensaio e a tradução literária

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Foto: Jornal Nota

João Barrento vence

Prémio Camões 2023

No seguimento da reunião do júri da 35.a edição do Prémio Camões, que decorreu no dia 10 de outubro, o ministro da Cultura anuncia que o Prémio Camões 2023 foi atribuído a João Barrento.

Segundo o júri, “João Barrento foi reconhecido pelo júri como autor de uma obra relevante e singular em que avultam o ensaio e a tradução literária. Em particular, as suas traduções de literatura de língua alemã, que vão da idade média à época contemporânea, e em todos os géneros literários, formam o mais consistente corpo de traduções literárias do nosso património cultural e constituem indubitavelmente um meio de enriquecimento da língua e de difusão em português das grandes obras da literatura mundial”.

Ensaísta e tradutor de referência, mas também crítico literário, cronista e professor, o ministro da Cultura considera João Barrento “um dos pensadores mais acutilantes da arte e da cultura em Portugal. O ensaio é o registo literário em que mais se tem empenhado, forma privilegiada de pensar livremente a sua relação com o mundo.

Merece também destaque a sua ação enquanto dinamizador do Espaço Llansol, testemunho de uma generosa dedicação, a mesma que se reflete nas indispensáveis traduções que têm dado a conhecer, em língua portuguesa, a obra de autores tão diversos quanto Hölderlin, Goethe, Walter Benjamin ou Paul Celan”.

Nota biográfica
Professor, Crítico, Ensaísta e Tradutor, João Barrento nasceu a 26 de abril de 1940 em Alter do Chão. Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e publicou diversos livros de ensaio, crítica literária e crónica. Foi professor nas áreas de Literatura Alemã e Comparada e de História e Teoria da Tradução na Universidade Nova de Lisboa (1986-2002). Traduziu literatura de língua alemã, do século XVII à atualidade.

Sobre o Prémio Camões

O Prémio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa. Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa.

O júri da 35a edição do Prémio Camões é constituído por Abel Barros Baptista, professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Portugal); Isabel Cristina Mateus, professora auxiliar da Universidade do Minho (Portugal); Cleber Ranieri Ribas de Almeida, Professor associado da Universidade Federal do Piauí (UFPI) (Brasil); Deonísio da Silva, professor aposentado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) (Brasil); pelos PALOP, Inocência Mata, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (São Tomé); Dionísio Bahule, professor da Universidade Pedagógica de Maputo (Moçambique).

O Prémio Camões foi já atribuído, por ordem cronológica, a Miguel Torga (Portugal), João Cabral de Mello Neto (Brasil), José Craveirinha (Moçambique), Vergílio Ferreira (Portugal), Rachel de Queiroz (Brasil), Jorge Amado (Brasil), José Saramago (Portugal), Eduardo Lourenço (Portugal), Pepetela (Angola), António Cândido (Brasil), Sophia de Mello Breyner Andresen (Portugal), Autran Dourado (Brasil), Eugénio de Andrade (Portugal), Maria Velho da Costa (Portugal), Rubem Fonseca (Brasil), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Lygia Fagundes Telles (Brasil), Luandino Vieira – recusado (Angola), António Lobo Antunes (Portugal), João Ubaldo Ribeiro (Brasil), Arménio Vieira (Cabo Verde), Ferreira Gullar (Brasil), Manuel António Pina (Portugal), Dalton Trevisan (Brasil), Mia Couto (Moçambique), Alberto da Costa e Silva (Brasil), Hélia Correia (Portugal), Radouan Nassar (Brasil), Manuel Alegre (Portugal), Germano Almeida (Cabo Verde), Chico Buarque (Brasil), Vítor de Aguiar e Silva (Portugal), Paulina Chiziane (Moçambique), Silviano Santiago (Brasil).

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