Sines
Os cinco detidos no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio verde vão ficar no Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em Moscavide.
Entre eles está Nuno Mascarenhas, presidente da câmara municipal de Sines.
Para além do autarca estão ainda detidos o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves e o consultor Diogo Lacerda Machado.
A Procuradoria-Geral da República considera que se verificam “os perigos de fuga, de continuação de atividade criminosa, de perturbação do inquérito e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas”.
Esta quarta feira serão ouvidos por um Luís de Instrução Criminal para ficarem a conhecer as medidas de coação.
Quem é Nuno Mascarenhas
Chegou à Câmara em 1998, no papel de vereador. Em 2013 foi eleito presidente da Câmara nas listas do Partido Socialista e vai no seu terceiro mandato. De acordo com o site da autarquia, atualmente assume, entre outras, as áreas da “Gestão financeira”, de “Projetos subjacentes a investimentos”, das “Empreitadas de obras públicas” e da “Coordenação e controlo das operações”.
“Em 2013 foi eleito presidente da Câmara nas listas do Partido Socialista e vai no seu terceiro mandato.”
Para além da Câmara, assume a presidência da Comissão Permanente do Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-A), é vice-presidente do Conselho Intermunicipal da comunidade intermunicipal do Alentejo Litoral – CIMAL e presidente do Conselho de Administração do Sines Tecnopolo – Associação Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica Vasco da Gama, entre outros cargos em entidades locais e regionais.
Em 2001 integrou o Grupo de Missão para o Planeamento das Obras de Expansão do Porto de Sines, grupo responsável pela coordenação das obras de expansão da zona leste do Porto. Entre 2005 e 2013 exerceu funções de chefe de divisão na Administração do Porto de Sines.
O socialista Nuno Mascarenhas, foi já condenado este verão pelo Tribunal de Contas num processo relacionado com a nomeação ilegal de cinco dirigentes para os serviços da autarquia. O autarca recorreu desta condenação, que lhe aplicou uma multa de 2300 euros por ter cometido uma infracção financeira negligente.