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Encerramento do Jubileu da Esperança: “Peregrinos de Esperança, sempre.

“Peregrinos de esperança, sempre. A partir de hoje Semeadores de Esperança”, apelou.

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Foto: Arquidiocese de Évora

Arquidiocese de Évora

Encerramento do Jubileu da Esperança: “Peregrinos de Esperança, sempre.

Na tarde deste domingo, 28 de dezembro, pelas 16h, na Catedral de Évora, o Arcebispo de Évora presidiu à Eucaristia de encerramento do Ano Santo, vivido em Jubileu de Esperança.

A celebração iniciou com os ritos próprios das peregrinações jubilares celebradas ao longo do Ano Santo 2025.

No início da homilia, o Arcebispo de Évora agradeceu “a presença de todos que é sinal de aliança com o Ano Santo”.

No desenvolvimento da homilia, o Prelado eborense começou por dizer que “reunimo-nos nesta Catedral Metropolitana, Igreja Mãe da Arquidiocese para darmos graças ao Senhor pelo Dom do Jubileu vivido neste Ano Santo 2025. Rezamos pelos seus frutos de Luz e de Paz. Que o Ano Santo imprima em nossas vidas renovado vigor e inspiração para com Deus fazermos ressurgir a beleza da caridade e os Hinos de louvor ao Pai do Céu, pela fraternidade universal”.

Sublinhando que neste domingo ainda nos encontramos na Oitava do Natal do Senhor, D. Francisco Senra Coelho referiu que “o Natal do Senhor põe diante do nosso olhar contemplativo uma Família humilde e bela, Jesus, Maria e José, mas traz também consigo uma forte sensibilidade Familiar, tornando-se o tempo forte da reunião festiva das nossas Famílias. Estes dois aspectos são importantes para se compreender a razão pela qual, no Domingo dentro da Oitava do Natal, a Igreja celebra a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José”.

Ao desenvolver a reflexão sobre as leituras proferidas, o Prelado eborense explicou que “dentro da temática da Família, o Antigo Testamento traz-nos hoje um extrato sapiencial retirado do Livro de Ben Sira 3,2-6.12-14, e que nos convida ao amor dedicado aos nossos pais sempre, para que o Senhor ponha sobre nós o seu olhar de bondade e de graça”.

“Também o Apóstolo Paulo, na Carta aos Colossenses 3,12-21, exorta esposos, pais e filhos ao amor mútuo, mostrando ainda de que sentimentos nos devemos vestir por dentro e com que música devemos encher o nosso coração. Salta à vista que a misericórdia, a bondade, a humildade, a mansidão, a longanimidade, o amor, o perdão, são vestes importantes para a festa da vida”, apontou, alertando que “nesta época de bastante consumismo, convém que nunca nos esqueçamos de Deus, pois é Ele, e só Ele, que veste carinhosamente o coração e as entranhas dos seus filhos. Não cedamos ao materialismo que nos deixa nus e vazios por dentro!”

“A família cantada neste Salmo (Sl 128) não está fechada sobre si mesma, mas aberta à comunidade por Deus abençoada. Portanto, do perímetro da casa e da mesa em que vivem e se sentam pais e filhos, avista-se e sente-se a paz da Cidade Santa, Jerusalém”, afirmou, desenvolvendo que “o contexto litúrgico do Evangelho, lembra-nos como a família de Nazaré estava plenamente inserida nas realidades humanas do seu tempo. Os seus membros escutam a voz de Deus, enquanto sofrem a perseguição”.

“Na Família de Nazaré, podemos também reconhecer os traços de muitas famílias que hoje vivem em condições difíceis, que buscam apoio para acompanhar um filho ou filhos em condições precárias no processo educativo, para estabelecer uma possível comunicação intergeracional”, afiançou o Arcebispo de Évora.

“Encerramento do Jubileu da Esperança: “Peregrinos de Esperança, sempre…”

“Neste domingo, as famílias cristãs são chamadas a confrontar autenticamente a sua própria situação. Segundo o Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, a família é o «santuário doméstico da Igreja» e a «primeira e vital célula da sociedade» (n. 11).  Uma pergunta se nos impõe: que lugar tem Deus e a fé na minha família?”, questionou.

Citando a Carta Apostólica “IN UNITATE FIDEI”, publicada a 23 de novembro do corrente ano, recordou que o Papa Leão XIV adverte que: «É uma coincidência providencial que neste Ano Santo, dedicado à nossa esperança que é Cristo, se celebre também o 1700º aniversário do primeiro Concílio Ecuménico de Nicéia, que proclamou, no ano de 325, a profissão de fé em Jesus Cristo, Filho de Deus. Isto constitui o coração da fé cristã. Ainda hoje, nesta celebração eucarística dominical, pronunciaremos o Credo Niceno–Constantinopolitano, profissão de fé que une todos os cristãos. É a fé que nos dá esperança nos tempos difíceis que vivemos, no meio das muitas preocupações e medos, ameaças de guerra e violência, desastres naturais, graves injustiças e desequilíbrios, fome e miséria sofridas por milhões de nossos irmãos e irmãs».

“No nº 11, desta Carta Apostólica, Leão XIV afirma: «No centro do Credo Niceno–Constantinopolitano está a profissão de fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e Deus. Este é o coração da nossa vida cristã. Por isso, comprometemo-nos a seguir Jesus como Mestre, companheiro, irmão e amigo“, citou o Santo Padre, acrescentando que “seguir Jesus Cristo certamente não é um caminho largo e confortável, mas este caminho, muitas vezes exigente ou mesmo doloroso, conduz sempre à vida e à salvação (cf. Mt 7, 13-14)”.

“Os Atos dos Apóstolos falam da nova via (cf. Act 19, 9.23; 22, 4.14-15.22), que é Jesus Cristo (cf. Jo 14, 6): seguir o Senhor compromete os nossos passos no caminho da cruz, que através do arrependimento nos conduz à santificação e à divinização.  Eis-nos na continuidade da nossa caminhada de Ano Santo enquanto Peregrinos de Esperança. E agora mais do que nunca semeadores da Esperança”, apontou.

Em forma conclusiva e de compromisso, recordando o Plano Pastoral da Arquidiocese para o corrente Ano Pastoral, o Arcebispo de Évora exortou os arquidiocesanos a continuar  a viver “uma atitude de compromisso mais efectivo na comunidade” e a desenvolver “acções concretas que promovam a justiça, o bem-estar social e económico das comunidades mais vulneráveis e dos pobres enquanto sujeitos da atenção preferencial de Cristo e da Igreja. A vivência do Ano Santo impele-nos a uma coerência humana e social que faz parte da missão da Igreja desde as suas origens e que importa revigorar em cada época”.

Recordou ainda os três grandes objectivos do Ano Pastoral 2025-2026 no que ao compromisso sócio caritativo diz respeito: “Revalorizar o lugar da Doutrina Social da Igreja na formação dos agentes pastorais em geral e, em particular, de quantos trabalham formal ou informalmente, na acção social das comunidades cristãs; Criar, melhorar ou ampliar Grupos de Acção Social Paroquial, desenvolvendo estratégias comuns de actuação, com mobilização dos recursos humanos e materiais que existe, em cada comunidade; Implementar, aumentar e aprofundar os mecanismos de cooperação entre as Instituições do sector social presentes na Diocese“.

“A atitude de peregrinos de Esperança que saborearam as misericórdias do Senhor no Ano Santo e exultaram em jubileu, exige de nós uma corresponsabilidade sinodal para a renovação das nossas comunidades e para a consolidação da missão da Igreja na sociedade», sublinhou.

O Prelado recordou tantos e tantos momentos jubilares vividos ao longo do Ano Santo. “Fica agora o desafio de continuarmos em Ano Santo”, desafiou.

“Que o Ano Santo nos deixe mais comprometidos e activos no prosseguimento do nosso Plano Pastoral. O Ano Santo continua na nossa entrega à Missão, no serviço em Igreja ao Mundo”, disse.

“Peregrinos de esperança, sempre. A partir de hoje Semeadores de Esperança”, apelou.

“Sempre a caminho! Que a Mãe da Igreja nos alente!”, concluiu D. Francisco José Senra Coelho.

No final da celebração, a Catedral de Évora completamente lotada entoou em uníssono o Hino do Jubileu 2025.

Depois o Prelado eborense rezou por todas as famílias que recebem os Oratórios da Sagrada Família, porque cada imagem leva a mensagem de um Deus que não abandona. “Rezemos por todos os que recebem em suas casas estes sinais iconográficos, sobretudo, os doentes, os sós e os frágeis”, apelou o Arcebispo de Évora, agradecendo todos os que responderam ao apelo inicial e trouxeram até à Catedral os ícones das Sagradas Famílias que percorrem ao longo do ano toda a Arquidiocese.

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