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Religião

Alunos de Educação Moral e Religiosa Católica reunem em Sousel

Dia 4 de maio.

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XXX Encontro dos Alunos de Educação Moral e Religiosa Católica

Sousel 2023

Dia 4 de Maio, Sousel recebe de braços abertos o Encontro dos Alunos de Educação Moral e Religiosa Católica.

Após a pandemia, é a primeira vez que os alunos do Agrupamento de Escolas de Sousel que frequentam a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica se reencontram com alunos de outras escolas.

Com início pelas 09h30 e término pelas 16h30, espera-se um dia marcado pelo festejo, júbilo e partilha de momentos inesquecíveis para estes jovens. Nesta ação, que compreende a área de ascendência da Arquidiocese de Évora, prevê-se que cheguem a Sousel cerca de 45 autocarros com uma média de 2400 alunos e 250 professores acompanhantes, vindos de 22 escolas.

A lei prevê a oferta obrigatória da disciplina curricular de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Básico ao Secundário, e também dos cursos profissionais desde que passou a integrar as suas matrizes no ano letivo 2019/2020 (Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de julho)

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“Espalha Cristo quem espelha Cristo”, diz D. Senra Coelho.

Arcebispo de Évora apelou a “estar totalmente descentrado de si e estar plenamente recentrado em Cristo.

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Páscoa

“Espalha Cristo quem espelha Cristo”, disse o Arcebispo de Évora na Missa Crismal desta Quinta-feira Santa

A Semana Santa 2024 está a ser vivida em pleno na Catedral de Évora, assim como por toda a Arquidiocese.

Na manhã desta Quinta-feira Santa, o Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, presidiu à Missa Crismal, na Catedral eborense, que congregou todo o presbitério à volta do Pastor.

A Missa Crismal, animada liturgicamente pelo coro Stella Matutina e transmitida em direto pelos canais digitais da Arquidiocese de Évora, numa produção do Departamento de Comunicação com o apoio da Comunidade Canção Nova de Évora, foi concelebrada pelo Arcebispo de Évora emérito, D. José Alves, pelos cónegos do Cabido da Catedral, por largas dezenas de presbíteros, servida por vários diáconos e contou com a presença de muitos consagrados e consagradas da Arquidiocese, com os seminaristas e com muito povo de Deus.

“«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu». Eis o sentido da celebração de hoje, com a bênção dos óleos e a renovação das promessas sacerdotais”, começou por dizer o Arcebispo de Évora na homilia.

“Cristo pede à Sua Igreja a maior transparência possível, para O apresentar como sua Cabeça, Fundamento e Mediador perfeito do Pai. A missão da Igreja é amplificar a Sua Palavra e pelo Espírito Santo procurar ser mestra no discernimento. Por isso, a Igreja é Corpo de Cristo, onde cada um tem o seu lugar, a sua missão, carisma ou ministério”, explicou o Prelado.

“Foi-nos confiada a semente da Palavra viva e eficaz que deve ser testemunhada e anunciada para ser conhecida, descoberta, vivida com novidade. A Palavra de Deus que somos incansavelmente chamados a anunciar fundamenta a fé dos crentes e constrói a Igreja. «As Escrituras não nos foram dadas para que as conservássemos só escritas nos livros, mas para que as gravássemos no coração (…) impressas na nossa alma para que esta fosse purificada», como afirma S. João Crisóstomo na sua homilia sobre S. João (32, 16)”, acrescentou D. Francisco Senra Coelho.

“Caros Padres, a Palavra que anunciamos pede-nos para sermos construtores e garantes da unidade da Igreja. A vivência da construção da unidade faz parte do nosso ministério sendo parte integrante e identitária da nossa missão: “para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste” (Jo 17, 21)”, sublinhou o Arcebispo de Évora, que acrescentou que “nada nem ninguém assuma o lugar e a primazia desta prioridade. Que os momentos e as actividades do nosso presbitério encontrem precedência em nossas opções e agendas. Sim, a edificação da unidade do nosso Presbitério e de toda a Igreja faz parte do nosso ministério!”

“Como não há Pastoral sem pastores, é de suma importância que esses pastores surjam em quantidade e sobretudo em qualidade. Quanto a esta última, a prioridade assenta sobretudo na sua maturidade humana e cristã, lucidez e dedicação. A boa relação entre os pastores é vital para a autenticidade da Pastoral”, disse o Prelado eborense, recordando que “os pastores nunca podem estar desligados e jamais se hão-de sentir abandonados, nem por Deus, nem pelo Bispo, nem pelos colegas, nem pelos fiéis, se isso acontecer, eis um tema a exigir de todos nós conversão e compromisso. Efectivamente, somos chamados a ser pastores segundo o coração de Deus (cf. Jer 3, 15), à imagem do coração do seu Filho Primogénito (cf. Mt 11, 29).”

“O que o padre recebe no sacramento tem de se tornar visível na vida. Na missão, a competência é muito, mas a vivência é tudo. Importa que, com os Diáconos, continuemos a edificar as comunidades, nas quais  os leigos assumam as  funções próprias da sua laicidade, em forma de serviços e ministérios, libertando o presbítero de afazeres não específicos para que este possa exercitar plenamente o essencial do seu ministério, com tempo e paz. É este o caminho há muito discernido por nós”, afiançou D. Francisco Senra Coelho.

Ainda dirigindo-se a cada presbítero, o Arcebispo de Évora apelou a “estar totalmente descentrado de si e estar plenamente recentrado em Cristo. Tal como Cristo é a transparência do Pai (cf. Jo 14, 9), o padre há-de ser a transparência de Cristo, como experimentamos, espalha Cristo quem espelha Cristo, sendo expectável que a vida do discípulo esteja decalcada na vida do Mestre. Qual é, então, a prioridade em nossas vidas? A prioridade é estar com Cristo, acompanhá-lo sempre”.

“Mas se a Cruz esteve presente na vida de Cristo, como é que poderia estar ausente da nossa vida? Eis a dimensão do testemunho, do martírio dos discípulos: “Que Ele cresça e eu diminua”, partilhou o Arcebispo de Évora recordando a frase que é o seu lema episcopal.

“Bendito seja Deus pelo sacrifício aceite e oferecido pelo nosso Irmão D. Manuel Madureira, pelos nossos irmãos Presbíteros e Diáconos fragilizados pela idade e doença. Bendito seja Deus por cada um de vós. Bendito seja Deus pelos 50 anos de dedicado serviço dos Cónegos Manuel da Silva Ferreira e Manuel Maria Madureira da Silva; e pelos 25 anos de sacerdócio dos Padres Joaquim Carlos Antunes Pinheiro, Humberto César Gonçalves Coelho, José Gomes Sousa e Sezinando Luís Felicidade Alberto. Magnificat!”, referiu o Prelado eborense.

“Caros Presbíteros, que os Bispos, Diocesano e Emérito, com o Diaconado, os Consagrados e Consagradas, os Seminaristas, as famílias e todos os cristãos, saibamos dar graças  por cada um de vós e por vós rezemos!”, concluiu a homilia o Prelado eborense.

Após a homilia aconteceu a Renovação das Promessas Sacerdotais e a Bênção dos Santos óleos: Enfermos, Catecúmenos e Crisma.

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Religião

Peregrina da JMJ ingressa no Mosteiro de Campo Maior

Veio fazer experiência no princípio de Setembro e por ela já não voltaria a casa.

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Campo Maior

Peregrina da JMJ ingressa no Mosteiro de Campo Maior

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Religião

Alter do Chão, Crato e Fronteira despedem-se do padre Rui Rodrigues

Após a última celebração terá lugar almoço e tarde de convívio .

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Alter do Chão, Crato e Fronteira

Populações lamentam transferência do pároco

Os habitantes de várias paróquias de Alter do Chão, Crato e Fronteira lamentam a transferência do Padre Rui Rodrigues, pároco em paróquias nos 3 concelhos.

‘Ficamos de coração partido’, ‘um homem bom’, ‘um ser humano maravilhoso’, são algumas das mensagens nas redes sociais após ser conhecida a transferência pároco.

A última eucaristia dominical celebrada pelo Pe Rui Rodrigues, terá lugar no Jardim “Os 12 Melhores de Alter”, no próximo domingo, dia 12, pelas 11h00, em Alter do Chão.

Após a celebração, haverá um almoço convívio, seguido de uma tarde cultural, proporcionada pelas associações dos 3 concelhos, onde o Padre Rui exerceu a sua atividade sacerdotal (Alter do Chão, Crato e Fronteira).

Será disponibilizado transporte nas Juntas de Freguesia.

O pároco deverá assumir funções de imediato em Portalegre.

Até agora vinha desempenhando funções nas paróquias de: Aldeia da Mata, Alter do Chão, Cabeço de Vide, Chança, Crato, Cunheira, Flor da Rosa, Monte da Pedra Seda e Vale do Peso.

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Religião

JMJ | Arquidiocese de Évora acolhe cerca de 7500 jovens

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Jornadas Mundiais da Juventude Lisboa 2023

A Arquidiocese de Évora acolherá cerca de 7500 jovens

A Arquidiocese de Évora deverá acolher de 20 de julho a 5 de agosto cerca de 7500 jovens peregrinos, que participarão nos Dias nas Dioceses (DnD) e de seguida na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023. Os jovens serão acolhidos em espaços públicos (escolas e pavilhões desportivos) e em casas de famílias.

O Comité Organizador Diocesano (COD) de Évora informou que os jovens são oriundos de 31 países, nomeadamente França, Espanha, Grécia, Alemanha, Malta, Estados Unidos da América, Canadá, Costa Rica, México, Guatemala, Paraguai, Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela, República Dominicana, Honduras, El Salvador, Chile, Peru, Antilhas Holandesas,
Ilhas Seycheles, Togo, Nigéria, Gana, África do Sul, Camarões, Filipinas, Índia e Timor-Leste.

De sublinhar que dos 7500 jovens, um terço, ou seja, cerca de 2500 são jovens oriundos de França.
Entre os dias 20 e 31 de julho, cerca de 5000 jovens serão acolhidos pelos 15 COP – Comité Organizador Paroquial, que estão espalhados pela Arquidiocese, nomeadamente Alcácer do Sal, Borba, Benavente, Coruche, Elvas, Estremoz, Montargil, Montemor-o-Novo, Mora, Reguengos de Monsaraz, Samora Correia, Sousel, Vendas Novas, Vila Viçosa, e Évora.

Entretanto, entre os dias 1 a 5 de agosto chegarão ainda à Arquidiocese de Évora cerca de 2500 jovens que pertencem ao Caminho Neocatecumenal.

Nos Dias nas Dioceses os jovens participarão nas iniciativas organizadas pelos 15 COP, destacando-se atividades de cariz desportivo, social, cultural e espiritual.

Dias nas Dioceses: Arcebispos participam nas atividades dos COP 

Nos dias da Arquidiocese de Évora, o Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, o Arcebispo de Évora Emérito, D. José Alves, e o Arcebispo de Paris, D. Laurent Ulrich, participarão em diversas iniciativas organizadas pelos vários COP.

No dia 26 de julho, às 21h30, no Pátio da Escola dos Salesianos de Évora, D. Francisco José Senra Coelho presidirá ao acolhimento dos Jovens Peregrinos.

No dia 27 de julho, o Prelado eborense presidirá, às 18h, à Eucaristia na Igreja de São Francisco, em Estremoz, e participará, pelas 19h30, no jantar que decorrerá na Escola Sebastião da Gama. Ainda nesse dia, mas na cidade de Elvas, pelas 22h, presidirá à Vigília de Oração.

Já o Arcebispo de Évora Emérito, D. José Alves, no dia 27 de julho, pelas 13h00, participará no almoço com os jovens, na Escola de Montargil. No mesmo dia, pelas 18h, D. José Alves presidirá à Eucaristia em Mora, seguida de jantar e de Mostra de Saberes, pelas 21h.

Na sexta-feira, dia 28 de julho, o Arcebispo de Évora iniciará o dia em Samora Correia, onde pelas 11h00 visitará os Jovens Peregrinos, e pelas 12h30, participará no almoço na Escola Secundária Prof. João Fernandes Pratas. À tarde, pelas 15h, D. Francisco Senra Coelho estará no Centro Equestre António Ribeiro Teles, no Biscainho, e, às 17h30, presidirá à Eucaristia em
Benavente. À noite, o Prelado eborense participará no jantar na Escola EB 2, 3 Armando Lizardo, em Coruche, ao qual se seguirá um Momento Cultural no Pavilhão Multiusos.

O Arcebispo de Évora Emérito, no dia 28 de julho, pelas 18h, presidirá à Eucaristia em Borba, seguida de jantar e de Vigília de Oração, pelas 21h.

No dia 29 de julho, sábado, D. Francisco José Senra Coelho dedicará a manhã a Reguengos de Monsaraz, onde pelas 10h00, visitará os jovens em Monsaraz. Pelas 11h, participará na visita às olarias de S. Pedro do Corval. Pelas 12h00, estará na visita ao Esporão e almoçará, pelas 13h, com os jovens na escola EB António Gaio, em Reguengos de Monsaraz. À tarde, pelas 16h,
acompanhará as atividades desportivas em Vendas Novas. E, à noite, pelas 19h, participará no jantar com os jovens em Alcácer do Sal, seguido, pelas 21h, da celebração da Eucaristia e da Procissão no Rio Sado.

D. José Alves, por seu turno, no dia 29 de julho, pelas 17h30, presidirá à Eucaristia em Casa Branca. Pelas 19h30, participará no jantar, em Sousel. E pelas 21h00, presidirá à Vigília de Oração.

Já o Arcebispo de Paris, D. Laurent Ulrich, no dia 29 de julho, pelas 10h, participará na Missão Ambiental que se realizará na Praia da Comporta, em Alcácer do Sal. Ao final da manhã, em Samora Correia, pelas 12h, o Prelado parisiense visitará os jovens peregrinos que participam na atividade pintura de azulejos, que se realiza no adro da igreja, e os jovens que se encontrarão no Rancho Arepa, em Porto Alto. Pelas 12h30, participará no almoço, na Escola Secundária Professor João Fernandes Pratas. No mesmo dia, pelas 15h, o Arcebispo de Paris participará no Momento Cultural que decorrerá no Parque 25 de abril, em Benavente.

Depois, pelas 18h30, presidirá à Eucaristia, na igreja Matriz de Coruche, à qual se seguirá o jantar na Escola EB2, 3 Armando Lizardo. Pelas 21h30, o Prelado parisiense presidirá à Oração Mariana, na Igreja do Castelo de Coruche.

No domingo, dia 30 de julho, às 9h30, D. Francisco Senra Coelho presidirá à Eucaristia na Escola Salesiana de Évora, que será concelebrada por D. José Alves e pelo Arcebispo de Paris, D. Laurent Ulrich. Às 12h, o Prelado eborense presidirá à Eucaristia em São Mateus (Montemor-o-Novo), seguida de almoço. E, pelas 19h30, o Arcebispo de Évora participará no jantar em Vila Viçosa, seguido da Festa da Juventude, na Praça da República, pelas 21h00.

Já o Arcebispo de Paris, pelas 11h, de 30 de julho, terá um Encontro com os Jovens de Paris, seguido de almoço. Pelas 15h30, o Prelado francês participa na preparação da Festa da Juventude, na Escola Básica António Gaio, em Reguengos de Monsaraz. Ao final da tarde, D. Laurent Ulrich estará em Montemor-o-Novo, onde participará no jantar, que decorrerá no Terreiro de S. João de Deus, em frente à igreja Matriz, e às 20h, participará na Festa da Juventude.

No dia 31 de julho, às 10h30, no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, o Arcebispo de Paris presidirá à concelebração da Eucaristia, que será concelebrada por D. Francisco José Senra Coelho.

Na cidade de Évora, segundo o Comité Organizador Paroquial – COP, que engloba todas as paróquias da cidade, deverá acolher cerca de 1500 jovens.
Das atividades previstas para a Cidade, segundo o COP de Évora, destaca-se no dia 27 de julho, às 21h30, um Momento Cultural nos Claustros da Universidade de Évora. No dia 28 de julho, pelas 22h, no Pátio dos Salesianos será celebrada uma Vigília de Oração. No dia 29 de julho, sábado, pelas 21h30, realizar-se-á uma Procissão das Velas, com início junto à Arena e que
levará os jovens até à Sé.

No domingo, dia 30 de julho, pelas 9h30, será celebrada a Eucaristia no Pátio da Escola Salesiana de Évora. E ainda no mesmo dia 30, às 21h30, no mesmo lugar decorrerá a Festa da Juventude.

Com um total de 156 paróquias, a Arquidiocese de Évora abrange 24 concelhos nos distritos de Évora, Setúbal, Santarém e Portalegre.

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Religião

Arcebispo de Évora fala sobre Eutanásia.

EUTANÁSIA? Não à “negociabilidade da vida”

Publicado

em

Artigo de opinião de Senra Coelho

EUTANÁSIA? Não à “negociabilidade da vida”

Ao falar de Eutanásia, estamos a tocar no sentido do dom maior que, para nós crentes, Deus confiou ao Ser Humano: a vida. Sendo dom, ela é também tarefa, pois devemos preservá-la, respeitando a sua sacralidade e não a dispondo de modo arbitrário.

O Criador respeita a vida do Ser Humano. A Bíblia é – de longe- o livro que mais respeita o Ser Humano. Se a “espremermos”, o que sai? Sangue! Porque o que ela contém é VIDA!

A vida humana não pode ser encarada de modo subjetivo em que cada qual a usa e dispõe do modo que quer. O Ser Humano não vive isolado, mas em relação, não vive para si mesmo, mas a sua vida tem uma referência transpessoal e de responsabilidade na sociedade e para o bem comum. Embora inseridos num mundo tão heterogéneo, a vida de cada um de nós é única é irrepetível. 

Desde a sua conceção até à morte natural, a pessoa humana tem missão a cumprir, tem “utilidade”. Mesmo na debilidade e no sofrimento, não é “peso”, mas dom e sabedoria para os outros, pois a sua dignidade não é diminuída nem nunca se perde.

Perante este valor intrínseco e “inviolável” da vida humana – que a Constituição Portuguesa reconhece no artigo 24º, nº. 1-, como querer colocá-la de um modo tão superficial num “jogo” de vontade da Pessoa perante a dor e o sofrimento? Por que motivo a sociedade, reclamadora de tantos direitos e garantias, está a tratar de modo tão leviano o pressuposto de todos os direitos e bens terrenos? Queremos que o Estado de direito tenha um bom e eficaz sistema de saúde que garanta o diagnóstico e tratamento dos doentes sempre com a finalidade de defesa da vida humana. Não será a eutanásia uma oposição e até mesmo negação da medicina?

Na etimologia grega, Eutanásia significa “boa morte”. Hoje tem-se definido a eutanásia como «uma intervenção para terminar a vida de alguém, a seu pedido (informado, consciente e reiterado), quando este apresente sofrimento intolerável, estando em fim de vida».

Eliminar a dor, ou aniquilar a vida?

Assim, a eutanásia não é a eliminação da dor, mas a aniquilação da vida. A eutanásia não é a humanização do sofrimento e do fim da vida, mas a legalização da morte programada. A eutanásia é um modo fácil e ilusório de encarar o sofrimento, pois não reclama nem exige da sociedade a compaixão, o amor e a solidariedade para com os doentes. Neste contexto cultural, voltado para o “eu”, é difícil o Ser Humano sair de si mesmo e viver a compaixão, isto é, inclinar-se perante o sofrimento do outro, sofrer com ele, ser sinal de humanização.

O Ser Humano, instintivamente, luta pela vida e pela sua preservação; luta para que ela tenha qualidade e se possa prolongar ao máximo no tempo. Não é a eutanásia a negação disto mesmo? Será absolutamente seguro afirmar que é autêntica a manifestação de vontade dos doentes terminais que pedem a eutanásia? Nunca pode haver esta garantia absoluta.

Podem ser vários os fatores para “pedir a morte”: ideia instantânea, momento de desespero, intenção de viver sem dor e sem sofrimento, falta de carinho e de amor dos familiares e amigos, a solidão e o abandono.

A opção deve ser sempre pela vida e nunca pela morte. Morrer com dignidade não é programar a morte, mas programar a vida com condições humanamente dignas: a proximidade e o amor dos entes queridos, a ajuda dos cuidados que a medicina, hoje tão avançada, nos propõe e oferece.

Dizer sim à vida e não à legalização da eutanásia é afirmar que a vida é sagrada; é perceber que todos têm direito aos cuidados médicos e paliativos; é restabelecer a confiança na medicina e nos profissionais da saúde; é educar a sociedade para os valores do altruísmo, da solidariedade e da fraternidade; é construir uma sociedade que olha para a vida humana como dom inviolável.

Perguntas legítimas a uma proposta 

É à luz do mistério pascal de Jesus Cristo que nós, os crentes, devemos encontrar o sentido para a vida e para o sofrimento. A vida comporta sempre sofrimento: dele não podemos fugir, mas nele encontramos um desafio que nos faz crescer em humanidade. A eutanásia não faz parte do projeto da vida cristã. Porém, o assunto em questão não se esgota na perspetiva religiosa cristã.

Como vemos pela definição de “Eutanásia”, os defensores da sua legalização propõem que evitemos o sofrimento inútil, através de uma morte digna e assistida. Surgem perguntas legítimas a esta proposta.

O que será sofrimento inútil e por isso mesmo intolerável? O que comporta ele para além da dor, e como se pode medir para avaliar? Num contexto, onde «o conhecimento científico duplica praticamente de quatro em quatro anos» (Lucien Israel, Contra a Eutanásia, Paulus, 2016, p. 22), e onde os cuidados paliativos mais eficazes e o avanço da medicina encontram novas respostas à dor, como se definirão as fronteiras do “sofrimento inútil”? Como conciliam a dita liberdade de morrer com o dever de matar? Quem garante o rigor e a não corrosão das fronteiras da ética e da deontologia de cuidar da vida e de a não matar e o uso e o abuso de ‘eutanasiar’? Não haverá também nesta questão a aplicação da regra comum que a ‘oferta’ aumenta a ‘procura’ e que negociar a vida pode ser uma porta aberta para a sua banalização? Não será que ‘a vontade de morrer’ de muitos doentes apenas exprime estados patológicos superáveis perfeitamente e de vários modos?

Equipas médicas, doentes e cuidadores

Com todo respeito pelos que divergem desta compreensão da vida e procurando fazer caminho com todos eles na busca das melhores respostas para os problemas em aberto da dor e do sofrimento humanos, parece-me devermos concluir que só o que humaniza responde às questões humanas. Nesta perspetiva, e porque a Medicina não é uma ciência reduzida a máquina de elaborar diagnósticos e prescrever medicamentos, importa que o paciente possa depositar a sua confiança na consciência do seu médico e da equipa que com ele o trata. Claro, que a confiança advém de vários fatores técnico-profissionais; mas nunca o paciente com plena consciência se alheia ou prescinde da humanidade médica.

Neste âmbito, o médico não é apenas mandatário de maiorias sociológicas que fazem e desfazem Leis, nem das disposições subjetivas impostas pelos seus pacientes; é uma pessoa de consciência e com exigências deontológicas previamente assumidas. A confiança no ato médico gera a segurança do paciente em momentos muito vulneráveis e descompensados das suas vidas, por isso as balizas inegociáveis da vida devem ser dados adquiridos da ética em que se fundamentam os valores civilizacionais da Dignidade da Pessoa Humana. 

Perante a dor humana e com as possibilidades paliativas atuais, em alguns casos é legítima a pergunta: Quem sofre mais, o doente, ou aqueles que o rodeiam, incluindo os seus cuidadores e entes queridos em situação de perca? O valor da Vida não merecerá de todos esta partilha com o paciente?

Certamente, os médicos e suas equipas têm o dever de nunca se renderem à morte, mas de infundirem ao doente esperança, vontade e força de lutar; atitudes assentes no valor da confiança médica, pois, se «existem doenças incuráveis, não existem doenças intratáveis».

Numa Europa e num País envelhecido, nunca poderemos evitar legitimidade da pergunta: e se a eutanásia e tudo o que gira à sua volta evolui para uma «solução económica» e «uma solução técnica» para um dos maiores problemas da atualidade e parece que do seu futuro? Será desonesta esta interrogação? É que nesta questão da negociabilidade da Vida Humana, sabe-se como começa, mas nunca se sabe como acaba. Que o diga o século XX.

+ Francisco José Senra Coelho
Arcebispo de Évora

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Religião

Novo bispo de Baucau estudou em Évora

D. Leandro Maria Alves foi aluno do Seminário Maior de Évora

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Antigo aluno do Seminário Maior de Évora

D. Leandro Maria Alves é o novo bispo da diocese de Baucau (Timor-Leste)

O Papa nomeou como bispo de Baucau, diocese de Timor-Leste, D. Leandro Maria Alves, de 48 anos de idade, anunciou, neste dia 26 de abril, o Vaticano, em comunicado.

O responsável sucede no cargo a D. Basílio do Nascimento, primeiro bispo de Baucau, que faleceu a 30 de outubro de 2021, aos 71 anos, na sequência de um problema cardíaco.

D. Leandro Maria Alves nasceu a 10 de maio de 1974, em Ermera, Arquidiocese de Díli, e passou pelo seminário de Kupang, Indonésia, e pelo o Seminário Maior de Évora. Estudou no Instituto Superior de Teologia de Évora, entre 2001 e 2004, concluindo a sua formação teológica e obtendo o grau de bacharelato no âmbito do protocolo entre o ISTE e a Universidade Católica Portuguesa.

O novo bispo foi ordenado presbítero a 8 de dezembro de 2006, ficando ao serviço da Arquidiocese de Díli.

Entretanto assumiu os seguintes cargos e prosseguiu os seus estudos:

  • Vice-Pároco da Catedral de Díli, em 2006-2007 e 2017-2019;
  • Formador do Seminário Maior São Pedro e São Paulo, em 2008-2011;
  • Diretor da Fundação Diocesana São Paulo de Díli;
  • Reitor do Seminário Menor Nossa Senhora de Fátima de Díli;
  • Diretor da Escola Secundária Católica, em 2011-2014;
  • Licenciou-se em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Urbaniana, entre 2014-2017;
  • Foi Presidente da Comissão de Garantia para a qualidade dos estudos do Instituto Superior de Filosofia e Teologia D. Jaime Garcia Goulart (ISFIT – CET), em 2017-2020;
  • Em 2017, Professor de Teologia Dogmática no ISFET de Díli e Secretrário-Executivo da Conferência Episcopal Timorense;
  • Em 2019, Presidente da União do Clero da Arquidiocese de Díli;
  • Administrador Paroquial da Catedral de Díli em 2020-2022, sendo elevado a Pároco da Catedral de Díli, em 2023.
  • Timor-Leste tem atualmente três dioceses, tendo no ano passado sido nomeado o primeiro cardeal do país, D. Virgílio do Carmo da Silva.

O Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, em nome da Arquidiocese, felicitou D. Leandro Maria Alves e a Igreja irmã de Timor-Leste pela nomeação.

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Mora

Padre de Mora traz tradição do norte para o Alentejo.(vídeo)

Saiba que tradução é esta.

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Mora, a tradição do ‘compasso’

Padre Nelson Fernandes

O Concelho de Mora volta a viver por estes dias a “nova” tradição da Visita Pascal.

Sabemos que a Visita Pascal é uma tradição secular nas zonas Norte e Centro do país, mas quase inexistente no Sul.

No entanto, agora já não é inexistente porque realiza-se nas Comunidades de Mora.

Tudo começou com a chegada do P. Nelson Fernandes àquelas Comunidades, em 2017. “Sou minhoto e procuro fazer um cruzamento de tradições que a todos enriquecem”, explica o jovem sacerdote.

“O Concelho de Mora tem cerca de quatro mil habitantes e, só no primeiro ano, visitamos mais de uma centena de famílias. Já vamos para o 5º ano! Já é tradição!”, revelou o sacerdote.

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Religião

Arcebispo de Évora afasta padre que abusou de rapazes no Seminário.

Na Arquidiocese foram mencionados dois padres. Um deles já morreu.

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Abusadores sexuais na Arquidiocese de Évora

Arcebispo ‘afasta’ padre e garante envio de resultados ao Ministério Público

Na sequência do Relatório Final da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa, apresentado publicamente no dia 13 de Fevereiro, a mesma Comissão fez chegar ao Arcebispo de Évora, no passado dia 3 de Março, os nomes de alegados abusadores, referidos nos testemunhos recolhidos.

Na Arquidiocese de Évora foram indicados dois nomes, de sacerdotes diocesanos.

O primeiro deles morreu há alguns anos. O processo considera-se extinto.

O segundo nome não trazia nenhuma informação complementar e a investigação efectuada nos arquivos diocesanos não encontrou nenhuma denúncia ou inquirição prévias.

O Arcebispo D.Senra Coelho solicitou de seguida à Comissão Independente eventuais dados suplementares que permitissem iniciar a investigação.

Com data de 7 de Março, foi recebida informação referente a abusos ocorridos contra rapazes na década de 1980, no Seminário Menor.

Perante estes dados, o Arcebispo pediu à Comissão Diocesana de Protecção e Segurança de Menores e Pessoas Vulneráveis para dar início à investigação prévia que seguirá depois para o Dicastério da Doutrina da Fé, em Roma.

Toda a informação será enviada também para o Ministério Público.

Enquanto decorrem as investigações, o prelado eborense decidiu pelo afastamento cautelar do sacerdote do ofício de pároco e de todas as actividades pastorais que incluam contacto com menores, sem prejuízo da sua presunção de inocência.

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Religião

Bispo de Beja quer que padres pedófilos possam ser perdoados

Em Beja estão identificados 9 padres que abusaram sexualmente de crianças

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Bispo de Beja com novas declarações

D.João Marcos

O Bispo de Beja, D.João Marcos, referiu hoje que os padres suspeitos de abusar sexualmente de menores possam ser perdoados.

Importante, diz o Bispo, é que ‘estejam arrependidos’.

O Bispo, que se esqueceu de reunir com a Comissão que investigou os abusos sexuais na Igreja, refere que ainda não conhece os nomes dos 9 casos de padres que estão citados nas conclusões da Comissão.

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Religião

Dioceses de Beja e Setúbal não colaboraram com a comissão que estudou os abusos sexuais na igreja.

São as unicas duas dioceses que não participaram

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Beja e Setúbal ficam de fora

Comissão tentou obter dados destas duas dioceses mas sem resultado

As dioceses de Beja e Setúbal não colaboraram com a comissão independente para o estudo dos abusos sexuais na igreja católica.

O bispo D. João Marcos, de Beja, ignorou todos os pedidos da comissão e nunca atendeu sequer o telefone aos elementos da comissão.

A confirmação é feita pela própria comissão no documento final.

Em Beja cinco pessoas contactaram a comissão e relataram situações de abusos.

Em Setúbal a situação foi idêntica.

Os responsáveis pela diocese também não colaboraram com a comissão que tem vindo a apurar os casos de pedofilia no seio da Igreja.

Em Setúbal registaram-se 18 contactos que relataram abusos.

Setúbal continua sem bispo designado e foi o padre José Lobato, administrador diocesano, que recusou participar.

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