Beja | Tribunal | Julgamento
Defesa pede ‘queda’ do crime de homicídio na forma tentada
Uma discussão de trânsito em Póvoa de S. Miguel, Moura, terá provocado os dois disparos feitos pelo candidato do partido CHEGA, à junta de freguesia, em direcção de um casal sueco e dos seus 7 filhos.
O julgamento decorreu hoje com a audição do arguido e das testemunhas de defesa. Na mesma sessão decorreram as alegações finais.
A defesa, perante a prova apresentada, pediu que ‘caísse’ o crime de Homicídio na forma tentada de que é acusado o arguido.
Pedro Mendonça, advogado de Vítor Ramalho, pediu, nas alegações finais, que o cliente fosse condenado pelo crime de ameaça agravada.
Também o MP (Ministério Público) não se pronunciou favorável à manutenção da acusação.
Pedro Mendonça lamentou, em declarações aos jornalistas, a investigação feita pela Polícia Judiciária que associou o que se passou a ‘eventuais’ questões de origem política e/ou étnicas.
O arguido negou ter atingido a carrinha ainda que a mesma apresente ‘buracos’ provocados por disparos.
Confirmou perante o colectivo de juízes que ‘perdi a cabeça e errei’ isto após, segundo referiu, ter sido alegadamente cuspido pelo indivíduo de origem sueca, Hemin Mohamed.
Em toda a sessão não foram abordadas eventuais questões relacionadas com xenofobia, racismo ou outras.
O acordão será lido a 20 de dezembro às 14h30 no Tribunal de Beja.
