SETÚBAL

Setúbal recorda pescadores desaparecidos no mar

Entre 28 de maio e 8 de junho, o Parque Urbano de Albarquel recebe a Mostra das Tradições Marítimas

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Cerimónia recorda pescadores desaparecidos

A vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, sublinhou a importância do mar e da pesca

“Esta área tem de ser uma área de futuro, porque, independentemente das condições da tecnologia e da ciência, continuamos a necessitar muito do mar para muitas atividades e a pesca é uma delas”, disse a autarca, recordando que a pesca é “uma atividade de resistência” e que muitas pessoas do concelho de Setúbal “continuam a sobreviver e a ter o seu pão desta atividade”.

Carla Guerreiro salientou que “todos os anos” continua a haver pessoas “que desaparecem no mar”, pelo que aquela era uma “mais do que uma justa homenagem”, mas adiantou que, embora se deva lembrar os que desapareceram, também é necessário “dar força àqueles que continuam a fazer desta atividade a sua vida e a sua sobrevivência”.

A vice-presidente da Câmara sublinhou que “Setúbal nasceu do rio e continuará a ser do rio, do mar, da serra”, lembrando que, entre 28 de maio e 8 de junho, o Parque Urbano de Albarquel recebe a Mostra das Tradições Marítimas, evento de celebração da ligação da cidade ao mar e às suas gentes e enquadrado nas celebrações do Dia Nacional do Pescador.

Organizada pelas juntas de freguesia do Sado, de São Sebastião e da União das Freguesias de Setúbal – territórios com forte ligação ao mar e à pesca –, com o apoio da Câmara Municipal, a mostra proporciona atividades para todas as gerações que valorizam a identidade e o património marítimo local.

A presidente da União das Freguesias de Setúbal, Fátima Silveirinha, afirmou que o Dia Nacional do Pescador deve estar presente na memória coletiva “todos os dias do ano” e defendeu a adoção de “políticas que defendam os trabalhadores da pesca”, que “correm riscos sempre que vão trabalhar”.

A sua homóloga da Junta de Freguesia do Sado, Marlene Caetano, lembrou “os que vão para o mar e os que ficam em terra à espera que seja um dia de mesa cheia”, ou “com receio de que alguém não volte”, defendendo a necessidade de “valorizar muito” a atividade da pesca “e todas as que com ela estão relacionadas”.

O “rendimento incerto” da pesca foi sublinhado pelo presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Luís Matos, pelo que o Dia Nacional do Pescador, que “eleva quem trabalha no mar e os que já não regressaram” e recorda as famílias que “sentem a falta desses entes queridos”, devia ser celebrado “todos os 364 dias do ano” além do 31 de maio.

A cerimónia, realizada junto do Memorial ao Pescador Setubalense Desaparecido, contou igualmente com a presença do diretor nacional do Apostolado do Mar, Armando Oliveira, de Vanessa Amorim, do conselho de administração da Mútua dos Pescadores, do primeiro-tenente Pedro Simões, adjunto do capitão de porto, e do padre Casimiro Henriques, da Paróquia de São Sebastião.

Antes e após as intervenções e a deposição de flores pelas diversas entidades, um grupo de representantes do movimento Apostolado do Mar e da Paróquia de São Sebastião entoou cânticos alusivos aos marítimos.

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